9 de out. de 2009

Lunática é a puta que pariu!

Eu me considero uma pessoa lunática. Fora da órbita, em alfa, uma mulher completamente duvidosa porque tudo ferve muito e sempre. Eu sou lunática desde o primeiro dia da minha vida.

Ainda bebê eu não dormia. Reza a lenda familiar que minha primeira noite de sono corrido aconteceu aos 2 anos e 4 meses. Tempo suficiente para todo mundo ficar lelé. Depois, já bem mais velha eu tinha fixação pela Xuxa. Quando eu tinha uns 4 anos. Mas a paixão foi intensa e duradoura se arrastando até quase a adolescência. Sim, riam. Eu quis ser paquita. E atormentei porque quis ser paquita. Mas passou e eu sobrevivi sem ser paquita. Mas fiquei mais lunática eu acho.
Um pouco mais adiante em minha mexicana história de vida, eu que já demonstrava meu talento para a dramaturgia, quis ser atriz. E tinha jeito, viu!? Mas lá em casa só teve acordo depois dos 18 anos, quando eu, depois de tomar pílula, me assemelhava a uma porpeta que andava e tinha vida e vontade próprias porque eu, aos 18 anos, não me indicava para ninguém, juro. E me formei e protagonizei a peça de formatura e fiz bons trabalhos a partir dali porque meus professores confiavam em mim. Mais lunática fiquei quando nada acontecia. A não ser peças que eu amava, mas que não me davam a menor segurança e um puto furado para pagar meio chopp na Vila madalena de 3 em 3 semanas, nas terças-feiras porque todos os bares são Double.
Mais adiante meu lunatismo cresceu quando comecei a perceber que eu era uma criatura interessante. Afinal um homem 22 anos mais velho que eu dizia que tinha se apaixonado por mim e eu acreditei. Hoje acho que eu não era interessante naquela época. Ele que era retardado mesmo. Algum tempo depois, mas nem tanto assim, cresce ainda mais a minha certeza de ser lunática. Eu estava na cozinha do apartamento do Guarujá lavando uns pratinhos quando achei ter visto um OVNI. Larguei o prato, sai correndo e branca, cheguei na sacada ofegante apontando para o céu para compartilhar com meu marido aquela visão lunática. O Renato pacientemente me alertou de que aquilo se tratava de um jato.
E não poderia passar em branco a vez que eu achei que meu banheiro estava sendo invadido por libélulas gigantes, que me levantariam da privada me segurando em bando pelo sovaco, até que eu passasse pelo maldito vitrô, fosse arremessada só de sacanagem e quebrasse minha cara no asfalto.

Enfim. Eu realmente era lunática. Enfim. Eu realmente sou.
E lunática é a puta que pariu!

3 Comentários:

Unknown disse...

hahahahha
mto bom! pra variar...
eu sempre se me divirto-me com os seus textos...
bjo!

9 de outubro de 2009 às 11:20
Sonia disse...

ahahahahahahahahahahah muito bom!

9 de outubro de 2009 às 11:22
Fernanda disse...

:)

10 de outubro de 2009 às 17:42